terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Barriga Grande leva a perturbações do Sono

As perturbações da respiração durante o sono estão associadas a problemas comportamentais, hiperactividade e dificuldades das crianças em permanecerem acordados na escola.

Estes são os resultados de um estudo publicado na revista “SLEEP”. De acordo com o American Academy College of Sleep, as alterações de respiração durante o sono podem ir de ligeiras a graves. Os casos ligeiros podem revelar-se por um ressonar persistente devido a características anatómicas, como a sinusite crónica, a rinite e a rinorreia. Os casos mais graves podem manifestar-se por apneia do sono obstrutiva. Esta situação é perigosa porque a criança deixa de respirar por 10 a 20 segundos, podendo ocorrer 20 a 30 vezes por hora.

70 crianças com idades compreendidas entre os cinco e os 12 anos participaram no estudo que os investigadores da Penn State University College of Medicine, nos EUA, fizeram para determinar o efeito da obesidade nas alterações da respiração durante o sono. A todas elas foi realizado um exame físico e o seu sono foi monitorizado durante nove horas, com recurso a um aparelho que mede a actividade eléctrica do cérebro, a actividade cardíaca, a respiração e a saturação de oxigénio.

Os resultados

25% das crianças sofriam de ligeiras alterações de respiração durante o sono e 1,2% sofria de alterações moderadas, definidas como cinco ou mais pausas na respiração por hora. Foi ainda verificado que mais de 15% das crianças ressonavam.

As crianças que sofriam de alterações da respiração durante o sono tinham um índice de massa corporal e um perímetro abdominal superiores aos das crianças que não apresentavam alterações na respiração. O estudo revelou ainda que ao contrário dos adultos, um perímetro do pescoço aumentado não é, nas crianças, factor de risco para sofrer de alterações de respiração durante o sono.

Até agora, acreditava-se que a maior parte das alterações da respiração durante o sono eram causadas pelas amígdalas ou adenóides aumentadas. Este estudo não encontrou, no entanto, nenhuma relação entre o tamanho das amígdalas e os problemas de respiração. Os investigadores acentuaram no entanto que a obesidade poderá ter um papel importante nas alterações do sono.


Notícia publicada em: Pais&Filhos

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