sábado, 27 de fevereiro de 2010

O café e o sono

Após o sono, ao acordar, o hábito mais natural e comum do ser humano é tomar café. Será o café algo benéfico ou prejudicial ao sono?
O consumo de café estimula o estado de vigília, aumentando a atenção, concentração e mecanismos nervosos que actuam na consolidação da memória. Como a consolidação da memória ocorre durante a fase do sono REM, caso a actividade desta fase fosse aumentada, seria possível aumentar a capacidade de memória do ser humano. 
Mas a ciência ainda desconhece os mecanismos bioquímicos que ocorrem durante o sono, para interferir com medicamentos na etapa em que a memória esta sendo consolidada.
Logo, o sono ainda é uma função que deve ser praticada de forma natural e sem interferência. 
O Quadro 1 abaixo mostra que o consumo de café durante a noite, para estimular a vigília , pode ser prejudicial para a atenção, concentração e memória no dia seguinte. Isto é, não vale a pena o indivíduo ficar até tarde a tomar café para estudar ou trabalhar. 
O melhor é estudar ou trabalhar durante o dia, com o uso de café até o meio da tarde, exercitando a atenção, concentração e memória. E acordar cedo , para reiniciar a actividade intelectual, com a ajuda do café.

As pessoas que dormem normalmente entre 6 a 8 horas, o consumo exagerado de café durante a noite causa privação do sono e um prejuízo da atenção e concentração no dia seguinte. Este efeito negativo pode ser atenuado ou mesmo inexistir em pessoas habituadas a tomar café à noite. Estudantes que não fazem uso regular de café à noite, podem ter a sua aprendizagem prejudicada caso estudem até tarde à noite com a ajuda de café. 
O método mais eficaz é acordar cedo pela manhã para estudar!!  =)
Quadro 1
Quadro 1 - Efeitos do café nas horas normais de sono (8 hs), de atenção (75%) e de memória(60%) do consumo de 4 xícaras de café durante o dia (8hs,90%,85%) , de 2 xícaras (7 hs, 70%,55 %) e de 4 xícaras ( 6 hs,55 % 45 % ) durante a noite em pessoas não acostumadas a tomar café diariamente ( n=334 ) 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Livro "Dormir melhor"

Aqui fica mais um conselho para quem tem dificuldades em dormir...
=)
Livro publicado pela DecoProteste: "Dormir melhor"

Dormir! Algo que fazemos desde que existimos, o momento por excelência em que nos libertamos das preocupações e das fadigas da vida diária para entrarmos no mundo mágico dos sonhos e restabelecermos o equilíbrio orgânico e psicológico. É tão apetecível e parece tão fácil... Mas então, porquê um guia prático sobre o sono? Será que há alguém que não saiba dormir? Infelizmente, somos muitos. Será raro o dia em que nós próprios ou alguém que conhecemos não se queixa de ter dormido ou andar a dormir mal, de cansaço e sonolência, de irritabilidade ou falta de concentração provocadas pela falta de sono.
Afinal, o que se passa? Mergulhados numa espiral vertiginosa de afazeres e pressas, respeitamos cada vez menos o nosso ritmo natural e reduzimos as horas de sono, damos pouca atenção ao espaço onde dormimos, à alimentação, aos rituais que nos permitem relaxar antes do merecido repouso. Pelo contrário, abusamos do café e dos medicamentos e temos cada vez mais dificuldade em manter o equilíbrio. Mas ainda é possível (re)aprender os bons hábitos que favorecem as noites de sono repousante e revigorante! Neste guia que tem em mãos, explicamos-lhe os mecanismos do sono e os factores naturais que o propiciam, ajudamo-lo a transformar o seu quarto num espaço de recolhimento e tranquilidade e damos diversas sugestões para que durma cada vez melhor. Para o caso de estas estratégias não serem suficientes, indicamos ainda quando deverá procurar ajuda especializada, os exames que permitem identificar o seu problema e as terapias possíveis.
http://www.deco.proteste.pt/saude

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Diz-me como dormes...

Se temos uma linguagem corporal quando estamos acordados, por que não durante o sono? Um cientista britânico acredita na relação entre as posições em que dormimos e a nossa personalidade.

Dorme de costas, em posição fetal ou de lado? Chris Idzikowski, médico e director do Centro de Sono de Edimburgo, na Escócia, afirma que a forma como dormimos pode ser uma manifestação postural do subconsciente. O investigador, ex-presidente da Sociedade Britânica do Sono e colaborador permanente de algumas instituições internacionais para o estudo desta área, acredita ter identificado uma relação entre a posição assumida durante o sono e o perfil psicológico da pessoa. Para este estudo Idzikowski inquiriu cerca de 1000 indivíduos, tendo conseguido determinar as 6 posições de sono mais comuns. Os resultados foram surpreendentes: “o perfil por detrás de cada postura é muito diferente do que poderíamos esperar”, admite o britânico.

Confira o que o seu corpo diz sobre si quando está de olhos fechados.


Posição fetal (41%)
 
A mais comum das posturas, principalmente entre as mulheres (51%). Corresponde a pessoas cuja aparência exterior forte esconde uma extrema sensibilidade. São tímidos ao primeiro contacto, tornando-se mais descontraídos e abertos com o tempo.



   
O "Corcunda" (13%)

Semelhante à posição de tronco mas com os braços à frente do corpo. Pessoas que dormem nesta posição tendem a ser donas de uma personalidade aberta, embora possam tornar-se desconfiadas e cínicas. Demoram a tomar uma decisão, mas quando a tomam tendem a ser irredutíveis.



Tronco (15%)
De lado, com os braços junto ao corpo. Os que dormem em posição de “tronco” são geralmente pessoas sociáveis, simpáticas, geralmente muito populares. Podem confiar demasiado, tornando-se ingénuas.





  
 Posição de soldado (8%)

De barriga para cima, com braços e pernas esticados ao longo do corpo. Típica de pessoas calmas, reservadas e exigentes, tanto com os outros como consigo própria.





Queda livre (7%)

De barriga para baixo, com as mãos por baixo da almofada, cabeça para um dos lados. Por fora, estas pessoas podem parecer sociáveis e impetuosas; na verdade, são espíritos nervosos e muito sensíveis à crítica.




Estrela-do-mar (5%)

De barriga para cima, com braços por baixo da almofada e pernas esticadas para os lados. A esta postura parecem corresponder bons ouvintes, que fazem amigos muito facilmente, mas que detestam ser o centro das atenções.





De acordo com as pesquisas do autor britânico, a posição “queda-livre” beneficia a digestão, enquanto quem prefere dormir como “estrela do mar” ou “soldado” tem mais tendência a ressonar e a ter perturbações durante o sono. Ainda segundo o inquérito de Idzikowski, a maior parte das pessoas dorme com um braço ou perna de fora dos lençóis. Uma em cada dez pessoas cobre-se totalmente com a roupa da cama.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Diário do sono

Aqui fica um exemplo de um diário de sono e aproveitem para reflectir sobre a vossa qualidade de sono!
Caso seja necessário consultem um médico!



.:Sleepy People:.

Paralisia do Sono


Paralisia do Sono é uma condição caracterizada por uma paralisia temporária do corpo imediatamente após o despertar ou, com menos frequência, imediatamente antes de adormecer.

Fisiologicamente, ela é directamente relacionada à paralisia que ocorre como uma parte natural do sono REM, a qual é conhecida como atonia REM. A paralisia do sono ocorre quando o cérebro acorda de um estado REM, mas a paralisia corporal persiste. Isto deixa a pessoa perfeitamente consciente, mas incapaz de se mover. Além disso, o estado pode ser acompanhado por alucinações hipnagógicas *.


Sintomas:
Paralisia- ela ocorre pouco antes da pessoa adormecer ou imediatamente após despertar. A pessoa não consegue mover nenhuma parte do corpo, nem falar, e tem apenas um controle mínimo sobre os olhos e a respiração. Esta paralisia é a mesma que acontece quando uma pessoa sonha. O cérebro paralisa os músculos para prevenir possíveis lesões, já que algumas partes do corpo podem se mover durante o sonho. Se uma pessoa acorda repentinamente, o cérebro pode pensar que ela ainda está dormindo, e manter a paralisia.
Alucinações- Imagens e sons que aparecem durante a paralisia. A pessoa pode pensar que existe uma presença atrás dela ou pode ouvir sons estranhos. As alucinações parecem-se muito com sonhos, possivelmente fazendo a pessoa pensar que ainda está sonhando. Algumas pessoas relatam também sentirem um peso no peito, como se alguém ou algum objecto pesado estivesse pressionando-o.
Estes sintomas podem durar de alguns poucos segundos até vários minutos e podem ser considerados assustadores para algumas pessoas.
* percepções visuais de objectos que não existem, tão reais que dificilmente são removíveis pela argumentação lógica – alguns autores propõem o termo “alucinose” para designar as falsas percepções onde a pessoa tem a consciência da natureza imaginária da sua vivência. Quanto ao conteúdo podem não ter uma forma específica: clarões, chamas, raios, vultos, sombras, experiências caleidoscópicas etc, ou têm formas definidas, tais como pessoas, monstros, demónios, animais, santos, anjos, bruxas, essas últimas geralmente são integradas a um processo interpretativo delirante nas psicoses.

Efeitos do horário de Verão no relógio biológico

1. O horário de verão traz mudanças para o relógio biológico?

Sim, os efeitos do horário de verão são semelhantes ao de uma viagem de avião em que se cruza um fuso horário, sendo que no início essa viagem seria no sentido leste-oeste e no término, no sentido oeste-leste. Em condições normais os diversos ritmos do nosso organismo (por ex. ciclo vigília-sono, ritmo de temperatura, etc..) estão sincronizados entre si (o que é chamado de ordem temporal interna) assim como ao claro-escuro ambiental. Com o horário de verão ou a mudança de fusos horários, o organismo tende a sincronizar seus ritmos ao novo horário, no entanto, como cada ritmo tem uma velocidade própria de ajuste ao novo horário, a relação de fase entre os ritmos é modificada (o que chamamos de desordem temporal interna). Após alguns dias ou semanas (dependendo do indivíduo) a ordem temporal interna é restabelecida.

2. Que tipo de alteração a pessoa pode apresentar?

Durante essa fase de desordem temporal interna o indivíduo pode experimentar um mal-estar, dificuldade para dormir no horário habitual (o horário do relógio) e sonolência diurna, o que pode levar também a alterações de humor e de hábitos alimentares.

3. É verdade que existem grupos de pessoas que sofrem mais, dependendo da regulação de seu relógio biológico, os vespertinos por exemplo?

Sim, a resposta ao horário de verão é bastante variável entre os indivíduos. Um estudo feito no Brasil, no qual foram entrevistadas 77 pessoas de SP, RS e RN revelou que cerca de 50% das pessoas queixam-se da qualidade de sono após a implantação do horário e as diferenças entre o antes e depois são mais significativas para pessoas que dormem pouco (os chamados pequenos dormidores). Parece também que os indivíduos vespertinos teriam mais facilidade para se adaptar a entrada do horário do que os matutinos e na saída do horário a situação se inverteria, sendo mais fácil para os matutinos do que para os vespertinos, mas não existem estudos a esse respeito, trata-se de uma suposição.

4. De que forma essas pessoas são caracterizadas?

O carácter de matutinidade/vespertinidade é avaliado atráves de um questionário. As pessoas matutinas são aquelas que gostam de acordar e dormir cedo e sentem-se bem dispostas na parte da manhã. Os vespertinos são aqueles que preferem dormir mais tarde, acordar mais tarde (quando é possível), sentem-se bastante sonolentos na parte da manhã e atingem sua maior disposição do fim da tarde em diante. Além desses tipos, existem os indivíduos classificados como indiferentes porque possuem uma maior flexibilidade para alocar seu sono seja para mais cedo ou mais tarde, sem prejuízo ao seu bem-estar. É importante lembrar que a distribuição desses tipos na população segue uma distribuição normal, ou seja, a maioria é indiferente, os tipos extremos de matutinos e vespertinos são minoria, mas existem. A mesma regra vale para a existência de pequenos, médios e grandes dormidores, a maioria dos indivíduos necessita aproximadamente 8 horas de sono, enquanto uma pequena parcela necessita menos e outra parcela mais de 8 horas.

5. Isso é uma preferência pessoal?

Sim e não. É uma preferência pessoal no sentido que só o indivíduo é capaz de saber qual é a sua melhor hora para dormir, acordar, trabalhar, fazer exercícios físicos, etc..; mas essa preferência não pode ser atribuída exclusivamente às convenções sociais. Há evidências recentes de que o carácter de matutinidade/vespertinidade possui uma determinação genética.

6. Durante esse período, os riscos de acidentes podem aumentar? Há pesquisas sobre isso?

Sim, principalmente na entrada do horário de verão quando se perde pelo menos uma hora de sono. No Brasil não existem estatísticas a respeito. No Canadá foi realizado um estudo que mostrou que no dia seguinte à implantação do horário ocorreu um aumento de 7% no número de acidentes de trânsito. A situação volta ao normal somente uma semana após a implantação. Na retirada do horário (quando se ganha uma hora) ocorre uma diminuição do número de acidentes no primeiro dia e um aumento de cerca de 7% uma semana depois da retirada do sistema.

7. O que pode ser feito para minimizar os efeitos da mudança?

Recomenda-se aos indivíduos que, na medida do possível, preparem-se para dormir mais ou menos no horário de sempre (do relógio). Uma boa dica é dormir com as janelas abertas pelo menos nos primeiros dias para acordar com a claridade. Isso ajuda na sincronização. Outra recomendação é que não dirijam por muito tempo (por exemplo pegar estradas) durante os dias em que se sentem sonolentos e irritados.
  

8. Sendo a implantação do horário no domingo, adiantar o relógio no sábado pode ser uma boa opção?

Sim, pode ser uma opção, mas como essa adaptação leva pelo menos uns 4 dias, não vai adiantar muito porque na segunda-feira possivelmente ainda se sentirá os efeitos da mudança, mas enfim pode ajudar.

Luciana Mello e Cláudia Moreno
" Temos de dormir cada dia e muito bem, para estar outro dia vivendo por inteiro e vibrando a cada instante, com energia, disposição e bom humor. "
Cobra, Nuno. A Semente da Vitória. Editora Senac, 15ª edição, p.90, 2000.

Afinal, porque dormimos?

Nem tudo o que caracteriza os seres vivos reflecte necessariamente uma utilidade ou função.
Os exemplos da cauda do pavão e do apêndice cecal humano ilustram bem essa afirmação.
Será que nosso sono, ou o de quase todos os mamíferos ou das aves pode ser considerado um acessório sem "utilidade" do ponto de vista da sobrevivência dos organismos?
Tudo indica que não. 
Mas se indagarmos sobre a utilidade do sono para quem estuda o sono, provavelmente a resposta será que não tem apenas uma, mas muitas utilidades.

Uma delas diz respeito à coincidência entre sono e certas actividades orgânicas, como a secreção de várias hormonas em mamíferos. O sono não é responsável pela produção dessas hormonas, mas sem dúvida que as intensifica. Tal constatação caracteriza o papel do sono como facilitador dos processos de produção dessas hormonas.
Outra utilidade aparente do sono é a sua capacidade de propiciar distintos modos de funcionamento do cérebro durante uma noite, que se manifestam sob a forma de estágios: sono superficial, sono profundo e sono paradoxal. Esses dois últimos apresentam o que se convencionou chamar de "efeito reboque": 
um indivíduo privado de uma noite de sono compensa essa privação na noite seguinte, exibindo preferencialmente esses dois estágios.

O sono parece estar ligado à capacidade do cérebro de adquirir e resgatar informações, como comprovam as actividades experimentais que associam o sono e a memória. Além de dificultar a aprendizagem, a falta de sono induz modificações importantes no humor das pessoas.
Tais factos mostram a importância do sono e talvez expliquem sua presença em diversas espécies. Em invertebrados, embora seja discutível chamar o estado de inactividade de sono, a alternância entre actividade e repouso é uma regra.

A suposta "inutilidade" do sono não tem, pois, fundamento científico, adequando-se a um tipo de mentalidade que só entende funcionalidade dos fenómenos biológicos quando estes têm relação imediata de causa e efeito.
Por outro lado, permanecer em vigília constante não é compatível com a especialização de animais de hábitos diurno e nocturno.  
Já se imaginou a fugir de uma onça na floresta em plena noite escura?

Luiz Menna Barreto  
(texto publicado na revista Ciência Hoje, vol 25, n 148, p.4, 1999)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Disfunção eréctil no idoso associada a síndrome das pernas inquietas

Estudo publicado na revista "Sleep"

A disfunção eréctil nos idosos está relacionada com a
síndrome das pernas inquietas (SPI), revela um estudo
publicado na revista "Sleep".
A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio neurológico
que causa uma necessidade incontrolável de movimentar
as pernas, facto que torna difícil adormecer ou manter o
sono.
Segundo uma equipa de cientistas da Harvard Medical
School, EUA, a relação entre SPI e disfunção eréctil aumenta
quanto mais frequentes são os sintomas do movimento
involuntário das pernas.

O estudo analisou dados de 23.119 homens, com idades
entre os 56 e 91 anos. Para reduzir possíveis erros de
classificação da SPI, os participantes com diabetes e
artrite foram excluídos da análise. Do total, 944 apre-
sentavam SPI e 9.433 homens tinham disfunção eréctil.
Verificou-se que a disfunção eréctil foi 16% mais elevada
em homens que sofriam da síndrome, e que relatavam
crises entre cinco e 14 vezes por mês, e 78% mais
elevada, quando tinham mais de 15 crises por mês.
De acordo com o líder da investigação, Xiang Gao, os
resultados sugerem que existe a possibilidade de os
distúrbios terem mecanismos comuns, nomeadamente o
facto de, em ambas as patologias, serem observados
baixos níveis do neurotransmissor dopamina.
Os autores referem ainda como explicação para a
associação das duas condições outros distúrbios do
sono, incluindo a apneia e a insónia, que reduzem os níveis
de testosterona.

08 de Janeiro de 2010



Doenças do sono são na maioria tratáveis

A neurologista Teresa Paiva é procurada sobretudo para resolver problemas de insónias

"A insónia é o principal problema relacionado com o sono que mais pessoas leva ao consultório da Neurologista Teresa Paiva."
Junta-se a este problema da insónia, que se traduz no acordar diversas vezes durante a noite, outras situações, algumas das quais, nem passariam pela cabeça do comum mortal como sejam os casos de violência durante a noite.
Em entrevista ao JORNAL da MADEIRA, a Neurologista Teresa Paiva, especialista em doenças relacionadas com o sono explicou alguns dos principais problemas, a este nível tendo assegurado, no entanto, que “são todos mais ou menos menos tratáveis”.
 
Os problemas relacionados com o sono vão desde o dormir pouco voluntariamente, ou seja, dormir menos do que aquilo que se precisa, problemas em adormecer como é o caso da síndrome das pernas inquietas ou a vontade irresistível de meter as pernas dentro de água para aliviar uma tensão que se tem. Esta doença atinge 10% da população mas tem tratamento sendo muito prevalente em Portugal. 
(...)
Outros casos há em que as pessoas fazem barulhos durante a noite, ou seja, ressonam ou têm apneia, o que significa falta de respiração durante alguns segundos, uma situação que afecta 600 mil portugueses.
Há pessoas que fazem coisas estranhas durante o sono como o sonambulismo, andarem ou fazerem chichi na cama, rangerem os dentes ou terem muitos movimentos anormais durante a noite.
Existem, ainda, situações de pessoas que fazem cenas violentas durante a noite, em que agridem o parceiro ou magoam-se a si próprios. “São problemas relativamente complicados mas que, também, têm tratamento, uma vez feito o diagnóstico correcto”, garantiu.
As outras grandes queixas, explicou, dizem respeito a pessoas que tomam remédios a mais, a que é exemplo, o caso recente do Michael Jackson que morreu porque queria dormir.
De acordo com a Neurologista, “o que prova este episódio trágico é que, muitas vezes, quanto mais remédios se toma menos se dorme e isso é um problema nacional muito grande, inclusivamente, se sendo remédios para dormir”.
Teresa Paiva adverte que há que fazer determinados tipos de tratamento, nestes casos, às vezes uma lavagem às próprias pessoas.
 

Teresa Paiva é formada em Medicina, com especialização em Neurologia. A leccionar na Faculdade de Medicina de Lisboa dedica-se, igualmente, às doenças relacionadas com o sono. Há mais de 20 anos que ensina os outros a dormir melhor, proporcionando-lhes, desta forma, uma melhor qualidade de vida. É considerada a nível mundial uma das maiores especialistas do sono. Do seu currículo, destaque para a criação do Centro de Electroencefalografia e Neurofisiologia Clínica tendo sido responsável pelo primeiro mestrado do sono a nível mundial. Recentemente, esteve no Funchal, no âmbito do Curso de Pós-Gradução “Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono”, organizado pela Associação Portuguesa do Sono (APS). Nesta sua deslocação, apresentou o seu mais recente livro, “Bom Sono, Boa Vida”, lançado no ano passado (4.ª edição). Neste livro, Teresa Paiva partilha 77 histórias relacionados com problemas do sono onde, no final de cada qual, explica as razões do fenómeno e passos para a cura.  
 

Élia Freitas
in JM 18 de Outubro de 2009

Dicas para dormir melhor

Se sentir alguma alteração nos seus hábitos de sono, não deixe que a situação se arraste. Procure respeitar o tempo que o seu organismo precisa para se restabelecer, melhore os seus hábitos de vida e as condições do seu quarto.
Dormir é uma necessidade biológica, que permite restabelecer as funções físicas e psicológicas. Segundo um inquérito que realizámos e cujos resultados são apresentados no artigo “Metade dos portugueses dorme mal”, as consequências directas de dormir menos de sete a oito horas são a sonolência e a diminuição da qualidade de vida. Sabe-se também que, a médio e longo prazo, a saúde física e psicológica ficam afectadas pela “dívida de sono”. Se sentir alguma alteração nos seus hábitos de sono, não deixe que a situação se arraste. O défice de sono deve ser compensado para não se tornar crónico.

Algumas medidas para repor o seu sono em dia:
  • Não tome medicamentos para dormir por iniciativa própria.
  • Mantenha um horário regular de sono, mesmo ao fim-de-semana.
  • Pratique exercício físico regularmente, pelo menos quatro horas antes de se deitar.
  • Evite bebidas com cafeína, sobretudo nas seis horas antes de ir dormir.
  • Não fume, especialmente antes de ir para a cama.
  • Evite bebidas alcoólicas, bem como refeições pesadas ao serão.
  • Não tente forçar o sono (relaxe e evite olhar para o relógio). Se não consegue adormecer, levante-se e procure fazer uma actividade relaxante, como ler, até que o sono chegue.
  • Durma apenas o tempo necessário para se manter fresco durante o dia.
  • Use o seu quarto apenas para dormir ou para ter relações sexuais. Evite ver televisão, jogar no computador ou estudar na cama. Deite-se apenas quando o sono bater à porta. Procure criar um ambiente confortável, repousante e acolhedor.
Diário do sono
Caso os problemas de sono persistam, procure registar, pelo menos, durante uma semana as horas a que se deitou, levantou, quantas vezes acordou, se se sente repousado ou não de manhã; o que jantou, se praticou exercício físico ao serão, se consumiu café, álcool, tabaco, tomou medicamentos ou se existe uma situação que o preocupa. Este registo pode ser muito útil, nomeadamente por poder servir de base de discussão com o seu médico.

Quando ir ao médico?

Deve ir ao médico se notar uma alteração no seu padrão do sono, se sentir cansaço e/ou muita sonolência quando acorda e ao longo do dia e as medidas aconselhadas não forem suficientes para reencontrar um sono tranquilo e reparador.

Marque uma consulta
  • Se sente que o seu sono não é repousante, ou seja, se está sistematicamente sonolento e cansado durante o dia.
  • Ressona e sente que isso afecta o seu dia-a-dia, através de sonolência diurna, cansaço crónico, falhas de concentração e de memória, irritabilidade, etc.
  • Ressona e sofre de alguma doença cardiovascular.
  • Adormece facilmente em eventos sociais ou sente muita sonolência ao volante.
Comece pelo seu médico de família
Se precisar de ajuda profissional para tratar os seus problemas de sono, comece por consultar o seu médico de família. É muito útil manter um diário do sono : aponte as horas a que se deitou, levantou, quantas vezes acordou, se se sente repousado ou não de manhã; o que jantou, se praticou exercício físico ao serão, se consumiu café, álcool, tabaco, tomou medicamentos, etc. Este registo pode servir de base de discussão com o seu médico.
Se os seus problemas do sono o afectam realmente, insista para que o encaminhe para uma consulta do sono , isto é, uma unidade hospitalar onde existem especialistas vocacionados para este tipo de problemas.
Nalguns casos, o doente terá de passar, pelo menos, uma noite para a monitorização do seu sono. Enquanto dorme, ficará ligado, através de eléctrodos, a um aparelho que mede os parâmetros do sono e avalia o ciclo do sono. O objectivo deste tipo de exame consiste em encontrar a causa dos problemas.

Hospitais com consulta do sono
  • Hospital de São Marcos (Braga)
  • Hospital São Pedro de Vila Real
  • Hospital Santo António (Porto)
  • Hospital de São João (Porto)
  • Hospital dos Covões (Coimbra)
  • Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Hospital de Santa Maria (Lisboa)
  • Hospital Pulido Valente (Lisboa)
  • Hospital Distrital de Faro
Estes hospitais dispõem de consultas especializadas do sono. Nestes, poderá fazer um diagnóstico mais exacto do seu problema de sono, através de uma polissonografia (exame de monitorização do sono). Para tal, deverá ter uma credencial do seu médico de família.
O problema são as longas listas de espera. A alternativa são as clínicas privadas onde este exame pode custar algumas centenas de euros, havendo sempre a possibilidade de comparticipações por subsistemas de saúde (ADSE, SAMS, etc.) e seguros de saúde.

Notícia publicada em: Deco Proteste

sábado, 13 de fevereiro de 2010

"Metade dos portugueses dorme mal"

Estas são as principais conclusões do estudo:
“Metade dos portugueses dorme mal”, publicado na TESTE SAÚDE n.º 51, de Outubro de 2004, em que 3600 portugueses participaram, preenchendo o nosso inquérito sobre hábitos do sono.
Para uma boa qualidade de vida, saúde física e mental, e menos sonolência durante o dia, deve dormir-se, na vida adulta, entre sete e oito horas.

Estas necessidades de sono são iguais para a grande maioria dos adultos. Apenas uma pequena minoria dos inquiridos referiu sentir-se fresca e repousada com menos de seis horas de sono por noite, o que sugere que as necessidades de sono podem variar de pessoa para pessoa. Para determinar as suas necessidades pessoais, durma até acordar por si (num dia sem noitadas), sem despertador. Sente-se descansado? Veja quantas horas dormiu. Eis as horas de sono de que necessita.



Mas a grande maioria dos que dormem menos de seis horas sentem que precisariam de dormir mais para “recarregar as baterias” (90%). Não conseguem devido ao estilo de vida ou mesmo a dificuldades para dormir (nomeadamente insónias). A ansiedade, o stresse, a depressão, os problemas no trabalho e as preocupações familiares são os principais culpados. Os problemas físicos (doença, dor), os filhos pequenos e o facto de o parceiro ressonar são outros factores que parecem prejudicar o sono dos portugueses.
Repercussões para o resto do dia, depois de uma noite mal passada: pelo menos, três em cada quatro portugueses referem sentir-se com mau aspecto, sonolentos durante o dia, com dores de cabeça ou sensação de cabeça pesada, problemas de concentração, reflexos diminuídos e irritabilidade em casa e no trabalho. A saúde mental e a vitalidade foram os aspectos da qualidade de vida mais afectados pela má qualidade do sono.
A questão torna-se particularmente preocupante quando a sonolência diurna (que afecta o quotidiano de mais de metade dos portugueses) atinge níveis que podem pôr em causa a segurança do próprio ou dos que o rodeiam.
Um em cada cinco inquiridos afirmaram acontecer-lhes com alguma frequência estarem tão sonolentos que seria possível adormecerem… ao volante!
Em mais de 25% dos casos, os portugueses ressonam alto. Muitas pessoas pensam que ressonar significa dormir profundamente. Ora, ressonar afecta sempre a qualidade do sono. Ressonar alto e acordar várias vezes durante a noite, em sobressalto, com falta de ar, podem indiciar que a pessoa sofre de apneia do sono, um problema que requer tratamento. Alguns estudos têm evidenciado uma relação entre apneia e doenças cardiovasculares. Nas crianças, contribui para problemas de comportamento e na aprendizagem.
Ressonar afecta também a qualidade do sono do companheiro, por causa do ruído, mas também devido à preocupação de sentir que pára de respirar durante alguns segundos.
Apesar de metade dos portugueses não dormir bem, e de isso ter consequências nefastas para a sua saúde física e mental, apenas um quarto procura ajuda profissional. Um em cada seis portugueses afirmam tomar medicamentos para dormir. Os medicamentos mais usados são os tranquilizantes, sedativos ou hipnóticos, seguindo-se os antidepressivos (70% e 13%, respectivamente). Os antidepressivos não são indicados para tratar problemas apenas relacionados com o sono. Apesar disso, 6% dos inquiridos que tomam medicamentos para dormir referem que os antidepressivos lhes foram prescritos para esse efeito.
A maioria dos tranquilizantes, sedativos e hipnóticos são à base de benzodiazepinas, uma substância activa que pode causar dependência física e psicológica e efeitos secundários frequentes (dificuldades de memória, de concentração, etc.). Por isso, não deveriam ser prescritos por mais de um mês, mas um quarto dos inquiridos estão a tomá-los há mais de 5 anos! A situação torna-se ainda mais preocupante se considerarmos que muitos portugueses tomam medicamentos para dormir melhor por sua iniciativa. Apenas um médico pode avaliar a gravidade dos sintomas e prescrever o tratamento mais adequado. Poderá também encaminhá-lo para uma consulta especializada.


Notícia publicada em: Deco Proteste

O Sono


Dormir pouco ou mal afecta a saúde física e psicológica, bem como a segurança, tanto em casa, como no trabalho e… na estrada! Mudar alguns hábitos de vida pode ser suficiente para repor o seu sono em dia. Caso contrário, deverá ir ao médico. Saiba quais os seus níveis de sonolência diurna, se deve ir ao médico e quais os exames e soluções para melhorar a sua qualidade do sono. 

O Dia Mundial do Sono (21 de Março) foi instituído para alertar a população para a importância de dormir. O ritmo acelerado das nossas sociedades e a necessidade de efectuar múltiplas tarefas ao longo do dia levam-nos, muitas vezes, a cortar no tempo que deveríamos reservar para dormir. Não nos podemos esquecer que dormir é uma necessidade biológica, que permite restabelecer as funções físicas e psicológicas, essenciais para funcionarmos em pleno.
O stress e os problemas no trabalho são os principais culpados pelas noites mal passadas dos portugueses. Resultado: excesso de sonolência no dia-a-dia, menos saúde física e psicológica, e menos segurança, tanto em casa, como no trabalho e ao volante.


Para mais informações podem aceder ao site da DECOPROTESTE:
www.deco.proteste.pt/saude

Ponha o sono em dia!

É que dormir mal também pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2...

Má alimentação, sedentarismo e factores hereditários são os mais apontados para explicarem o desenvolvimento da diabetes tipo 2. Mas um novo estudo vem agora acrescentar uma nova causa à lista aos factores de risco: noites mal dormidas.
Publicada na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”, esta análise realizada por uma equipa de investigadores da Universidade de Chicago, Estados Unidos, descobriu que os voluntários que despertavam sempre que estavam prestes a cair em sono profundo desenvolveram resistência a insulina. Explicam os cientistas que a incapacidade de o corpo reconhecer sinais normais de insulina pode levar a um aumento do nível de açúcar no sangue, ganho de peso e, eventualmente, à diabetes do tipo 2.
Assim, para testarem o impacto da qualidade do sono no controlo do nível de glicose no sangue, nove homens e mulheres saudáveis foram monitorizados durante duas noites consecutivas para se verificar o seu padrão de sono normal. Depois disso, nas três noites seguintes, a equipa de pesquisadores acordava-os com um ruído alto, quando estavam prestes a entrar em sono profundo. Porém, a quantidade total de sono que eles tinham por noite mantinha-se a mesma. No estudo, após injectarem glicose nos voluntários e medirem os seus níveis de açúcar no sangue e a reacção da insulina, os pesquisadores descobriram que oito deles tinham-se tornado menos sensíveis à insulina.
Segundo o artigo publicado na BBC, outras pesquisas já tinham associado a diabetes à falta de sono, mas esta é a primeira vez que a relação é feita sobre a qualidade do sono. Segundo a coordenadora da pesquisa, Esra Tasali, há um aumento alarmante na ocorrência da diabetes do tipo 2 em consequência do envelhecimento da população e do aumento da obesidade, e, por isso, é importante entender os factores que promovem o seu aparecimento.
Segundo a especialista, os dados da pesquisa sugerem que «estratégias para melhorar a qualidade e a quantidade de sono deveriam ser consideradas como potenciais intervenções para prevenir ou retardar o desenvolvimento da diabetes do tipo 2 em grupos de risco». Tasali acrescenta ainda que o sono leve e a diabetes são factores tipicamente associados ao envelhecimento. Contudo refere que mais pesquisas são necessárias para verificar se mudanças na qualidade do sono relacionadas à idade contribuem para estas mudanças metabólicas.

Fonte: BBC
02 de Janeiro de 2008
SAPO SAÚDE

Sofre de que tipo de insónia?


Insónia de ajustamento (insónia aguda): 
Insónia relacionada com um stress identificado, que pode ser de natureza psicológica, psico-social, interpessoal, ambiental ou física (habitualmente há uma melhoria por adaptação do paciente e a duração dos sintomas não ultrapassa o limite máximo de três meses).

Insónia psicofisiológica: 
O paciente está muito preocupado e ansioso com o seu problema de sono, que consiste em dificuldade em adormecer às horas normais, mas pode adormecer involuntariamente fora delas e, sobretudo, fora do seu quarto. O quarto de dormir desperta ansiedade e pensamentos ruminativos acerca do sono e o distúrbio resulta de um condicionamento errado que se auto-perpetua e condiciona a insónia.

Insónia paradoxal: O doente apresenta os sintomas de um paciente com insónia, mas os exames não confirmam a curta duração do sono que o doente reporta ao médico.

Insónia idiopática: Quando não há causa ou desencadeante evidente para a insónia, a qual é confirmada por exames complementares de diagnóstico.

Insónia associada a doença psiquiátrica, confirmada pelo médico.

Higiene do sono inadequada: Horário de sono inadequado e/ou irregular, eventualmente com períodos de sono diurno e queixas de insónia ou com períodos de permanência na cama muito prolongados; uso impróprio de substâncias estimulantes ou que perturbam o sono, nomeadamente perto da hora de deitar (cafeína, nicotina, álcool); actividades físicas ou intelectuais intensas perto da hora de dormir, etc.

Insónia comportamental da criança: Em casos em que o acto de adormecer é muito prolongado e se acompanha de muitas exigências e de complacência excessiva dos pais.

Insónia secundária associada a abuso de drogas.

Insónia secundária a doenças médicas (como, por exemplo, asma ou insuficiência cardíaca grave).
Há ainda queixas de insónia que se associam a Distúrbios dos Ritmos Circadiários, de que a Insónia do Trabalho por Turnos é um exemplo. Uma forma mais transitória deste grupo é o conhecido Jet Lag, decorrente de viagens em que se cruzam múltiplos fusos horários e em que o nosso organismo requer alguns dias para sincronizar com o horário do destino. Enquanto isso não se verifica, a vigília e a sonolência ocorrem dessincronizadas do horário local.

SAPO Saúde

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Massagens!?...uma boa solução para os problemas de sono!

Desde há muito que a massagem é usada por vários povos como uma prática medicinal ou apenas como um momento de relaxamento. Desde o ano de 776 a.C. que os atletas dos jogos olímpicos eram massajados antes das provas. Júlio César usava terapias de massagem como alívio das suas crises neurológicas e epilépticas.

A massagem alivia, acalma e liberta o corpo do stress acumulado durante o dia. Revitaliza a mente e o corpo deixando o indivíduo com uma nova motivação e vontade. Certos estudos comprovaram que os indivíduos que regularmente beneficiavam de massagens apresentavam bons níveis de resistência imunológicos no organismo em face aos outros. 

Certos pontos do corpo humano, quando massajados devidamente, ajudam a eliminar os problemas de insónias ajudando o corpo a descansar e a voltar ao seu ritmo biológico normal. 

As massagens não devem ser encaradas como um tratamento medicinal. Deverá antes consultar o seu médico e obter a sua opinião sobre o assunto.
As massagens são uma prática medicinal alternativa e também uma actividade relaxante. Os indivíduos que beneficiem regularmente de massagens, mantêm o corpo relaxado, livre de stress, obtendo assim um equilíbrio físico e mental, essencial para o bom funcionamento do seu organismo. 




 Aqui fica mais um conselho, aproveite!
.: Sleepy People :.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Teste à urina diagnostica apneia

Um simples teste à urina pode detectar apneia obstrutiva do sono na criança, evitando, assim, exames mais complicados.

Investigadores da University of Chicago, EUA, liderados por David Gozal, analisaram 90 crianças encaminhadas para uma clínica do sono para avaliação de problemas respiratórios durante o sono e 30 crianças que não apresentavam esses problemas.

Durante a noite, todas as crianças foram submetidas a testes-padrão para diagnosticar problemas de sono. As amostras de urina foram recolhidas de manhã. Após terem sido analisadas centenas de proteínas presentes na urina das crianças, os cientistas verificaram que a expressão de uma série de proteínas foi diferente nas crianças que apresentavam apneia do sono.

«Foi um pouco inesperado que a urina nos fornecesse a capacidade de identificar apneia» disse Gozal à Health News, adiantando que esta nova análise poderá abrir caminho para se desenvolver um meio mais simples e económico de diagnosticar a doença.

Na próxima fase do estudo, os cientistas vão validar estes resultados, realizando análises à urina em mais crianças, de modo a desenvolver um método simples, colorimétrico, que possa ser feito no consultório médico ou mesmo pelos pais.


 

Notícia publicada em: Pais&Filhos

Falta de sono causa mais danos à saúde de mulheres, diz estudo


Especialistas afirmam que a noite de sono deve ter oito horas.

Uma pesquisa britânica sugere que a falta de sono aumenta mais o risco de doenças cardíacas em mulheres do que em homens.
Dormir menos do que oito horas por noite já foi relacionado a um aumento dos riscos de problemas do coração.
Mas agora os pesquisadores do University College, de Londres, e da Universidade de Warwick descobriram que os níveis de marcadores inflamatórios, indicadores de doença cardíaca, variam de forma significativa de acordo com a duração do sono em mulheres, mas não em homens.
A pesquisadora Michelle Miller, da Universidade de Warwick, afirmou que a descoberta é mais uma prova que sugere que a duração do sono tem um papel importante na saúde do coração.
"Os resultados também são consistentes com a ideia de que dormir sete ou oito horas por noite parece ser o mais adequado para a saúde", afirmou.
Pesquisas anteriores sugeriram que pessoas que dormem menos de cinco horas por noite têm maior risco de morrer devido a doença cardiovascular, comparadas com aquelas que dormem oito horas por noite.
Moléculas
O estudo, publicado na revista especializada Sleep, se baseou em informações de mais de 4,6 mil funcionários públicos de Londres com idades entre 35 e 55 anos. Destes, 73% eram homens.
A pesquisa descobriu que os níveis de uma molécula chamada interleucina-6 (IL-6), que é conhecida por desencadear inflamações, foram bem mais baixos em mulheres que dormiam oito horas, comparado com aquelas que dormiam menos de sete horas.
Os níveis de outra molécula, a proteína C reativa de alta sensibilidade (hs-CRP), que está ligada a problemas cardíacos, foram mais altos em mulheres que dormiam por cinco horas ou menos.
Michelle Miller acrescentou que são necessárias mais pesquisas para descobrir exatamente a razão de a falta de sono ter, potencialmente, mais efeitos negativos em mulheres.
No entanto, a pesquisadora informou que as diferenças em níveis hormonais podem ser a chave para esta descoberta. Existem trabalhos que sugerem que os níveis dos marcadores inflamatórios são diferentes em mulheres antes e depois da menopausa.
Janet Mullington, da Harvard Medical School, afirmou que ainda existem muitas perguntas sem respostas a respeito dos efeitos da falta de sono.
Ela disse que é possível que a mudança nos níveis dos marcadores inflamatórios observada em experiências que envolvem falta de sono fossem apenas reflexos a médio prazo da batalha contra a sonolência.
A eficácia do sono é resultante de bons hábitos, com o alimentação nos horários certos e equilíbrio emocional. Uma terapia muito eficaz e que elimina a química dos remédios são a meditação, o relaxamento e a ginástica, longe do sedentarismo e da impaciência, as maiores causas da insônia.

José Auggusto João, SÃO PAULO, SP

Adolescentes: dormir pouco pode levar a depressão

Os adolescentes que não dormem o suficiente têm mais probabilidades de ter depressões.

A conclusão é de um estudo do Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, EUA, que avaliou os dados de 15 659 adolescentes entre os 12 e os 18 anos e dos seus pais.

Os investigadores verificaram que os jovens que dormiam cinco horas ou menos por noite tinham 71 por cento mais probabilidade de apresentar uma depressão e tinham 48 por cento mais probabilidades de terem pensamentos sobre suicídio quando comparados com os jovens que dormiam, pelo menos, oito horas.

A duração média de sono por noite foi de sete horas e 53 minutos. Para os investigadores, os adolescentes precisam de dormir nove horas por dia. A hora de ir para a cama também é importante. Outra das conclusões do estudo refere que aqueles que iam dormir após a meia-noite tinham 20 por cento mais probabilidades de pensar em suicídio do que os que dormiam antes das 22 horas.

A falta de sono, dizem, pode afectar as respostas emocionais do cérebro e dificultar a capacidade de lidar com o stresse do dia-a-dia. Este estado de espírito pode afectar o discernimento, a concentração e o controlo da impulsividade.

«A quantidade adequada de sono pode ser uma forma de prevenir a depressão e um bom tratamento para a depressão», frisou James Gangwisch, líder da equipa nova-iorquina.


Notícia publicada em: Pais&Filhos

Barriga Grande leva a perturbações do Sono

As perturbações da respiração durante o sono estão associadas a problemas comportamentais, hiperactividade e dificuldades das crianças em permanecerem acordados na escola.

Estes são os resultados de um estudo publicado na revista “SLEEP”. De acordo com o American Academy College of Sleep, as alterações de respiração durante o sono podem ir de ligeiras a graves. Os casos ligeiros podem revelar-se por um ressonar persistente devido a características anatómicas, como a sinusite crónica, a rinite e a rinorreia. Os casos mais graves podem manifestar-se por apneia do sono obstrutiva. Esta situação é perigosa porque a criança deixa de respirar por 10 a 20 segundos, podendo ocorrer 20 a 30 vezes por hora.

70 crianças com idades compreendidas entre os cinco e os 12 anos participaram no estudo que os investigadores da Penn State University College of Medicine, nos EUA, fizeram para determinar o efeito da obesidade nas alterações da respiração durante o sono. A todas elas foi realizado um exame físico e o seu sono foi monitorizado durante nove horas, com recurso a um aparelho que mede a actividade eléctrica do cérebro, a actividade cardíaca, a respiração e a saturação de oxigénio.

Os resultados

25% das crianças sofriam de ligeiras alterações de respiração durante o sono e 1,2% sofria de alterações moderadas, definidas como cinco ou mais pausas na respiração por hora. Foi ainda verificado que mais de 15% das crianças ressonavam.

As crianças que sofriam de alterações da respiração durante o sono tinham um índice de massa corporal e um perímetro abdominal superiores aos das crianças que não apresentavam alterações na respiração. O estudo revelou ainda que ao contrário dos adultos, um perímetro do pescoço aumentado não é, nas crianças, factor de risco para sofrer de alterações de respiração durante o sono.

Até agora, acreditava-se que a maior parte das alterações da respiração durante o sono eram causadas pelas amígdalas ou adenóides aumentadas. Este estudo não encontrou, no entanto, nenhuma relação entre o tamanho das amígdalas e os problemas de respiração. Os investigadores acentuaram no entanto que a obesidade poderá ter um papel importante nas alterações do sono.


Notícia publicada em: Pais&Filhos
Sabias que?



90% das pessoas com insónias simplesmente passam tempo demais na cama. 

Se passa habitualmente 10 horas na cama e somente necessita de 7, experimente durante 1 semana levantar-se após 7 horas de cama.



Não sigas este exemplo...

xD

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mortos de Cansaço

Será que a falta de sono devido à vida moderna nos faz mal? É o cansaço o maior problema de saúde que a humanidade enfrenta? Muitos cientistas acreditam que sim e actualmente até têm provas disso. Novos estudos médicos revelam que a falta de sono pode desenvolver e exacerbar muitas doenças incluindo as do coração, obesidade, diabetes e depressão...




E... hummmmm... beauty sleep e tal... assim mantemos um corpo e uma pele mais jovens por muito mais tempo... é a tal história de... a década dos 40 aos 50 ser... os novos trintas...

Fica o alerta em jeito de conselho... As consequências nefastas são reais. Os exemplos dados foram convincentes... Ainda vão a tempo de reeducar os vossos hábitos... Sim?
Pela vossa saúde?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Os Pesadelos são Incapacidade de Sonhar

(Rui Manuel Carreteiro, Psicólogo clínico, neuropsicólogo, professor e investigador da área)

- Os pesadelos também são sonhos?
- Há quem chame aos pesadelos 'sonhos maus'. Eu prefiro chamar-lhes 'dificuldade' ou 'incapacidade' de sonhar – ou seja, prefiro encará-los como uma dificuldade em elaborar a informação e em cumprir uma função importante do sonho: permitir que durmamos.

- Por que é que numa noite podemos ter um sonho-sonho e na seguinte ter um sonho-pesadelo? O que regula os sonhos?
- Regra geral, as quarenta e oito horas antecedentes, bem como factores fisiológicos (digestivos, etc…). Qualquer aspecto que afecte (dificultando ou inviabilizando) a função onírica poderá desencadear um pesadelo.

- Qual a importância dos pesadelos?
- São um sintoma… No fundo é como se me perguntasse qual é a importância de ficarmos constipados. Preferíamos não ficar constipados e não ter pesadelos mas, por vezes, acabam por surgir.

- Uma pessoa que tem mais sonhos-pesadelos do que sonhos-sonhos pode ter uma ‘estrutura’ emocional diferente de uma pessoa que habitualmente sonhe ‘só’ sonhos?
- Dificilmente sonhamos ‘só’ sonhos ou ‘só’ pesadelos. Se os pesadelos forem mais frequentes do que os sonhos regulares, certamente haverá algo que não está bem. Pode ser apenas uma simples preocupação ou de facto uma alteração na estrutura psíquica do indivíduo.
Sabias que?
Se por um lado, todos nós sonhamos, por outro, não é qualquer comum mortal que se pode gabar de ter tido um sonho que influenciou a vida de milhares de pessoas e gerações vindouras. Houve sonhos que ficaram também na História por terem anunciado convulsões políticas e sociais e mesmo guerras. Mas muitas aventuras do inconsciente dos famosos acabaram por dar origem a obras de arte, peças de música imortais ou mesmo grandes invenções, como é o caso de Leonardo Da Vinci, que 'via' muitas das suas criações em sonhos antes de passar à prática.


ABRAHAM LINCOLN
Viu o seu funeral na Casa Branca
O ex-presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln visualizou em sonhos o seu próprio funeral, na Casa Branca, uma semana antes de ser assassinado.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Reportagem RTP - Consulta do Sono

Esta é uma reportagem RTP que foi exibida neste canal no dia 29 de Outubro de 2008, sobre o Projecto Consulta do Sono, que explica em que consiste a Consulta do Sono e alerta para o facto de o povo português dormir bastante mal.