segunda-feira, 24 de maio de 2010

Há. Projectos (Actividade dia 28 de Maio)

No próximo dia 28 de Maio o grupo que está a desenvolver este blogue irá participar numa actividade conjunta com os outros grupos de Área de Projecto no piso 10 da Escola Secundária Henriques Nogueira, a partir das 17horas até as 22h.

O objectivo é divulgarmos à comunidade em geral o trabalho que foi desenvolvido ao longo do ano, não só pelo nosso grupo mas também por todas as turmas de 12ºano desta mesma escola.
Venham conhecer-nos e participem!!
=)
Contamos com vocês...


.: Sleepy People :.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sabias que, deves estudar antes de dormir e depois ter uma noite de sono tranquila, para se assimilar o que se estudou.
Não vai servir de muito estudar pela manhã pois a matéria vai ser apenas decorada e não percebida!

Bom estudo...  =)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estudo relaciona pouco sono com a depressão em adolescentes

Ir dormir cedo protege os adolescentes da depressão e de pensamentos suicidas, segundo sugere uma pesquisa.
Esse estudo foi realizado pelo Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, e analisou adolescentes entre 12 e 18 anos, concluindo que os que vão dormir depois da meia-noite tem 24% mais probabilidades de ter depressão do que os que adormecem antes das 22horas.
Entre os que dormem menos de cinco horas por noite, a probabilidade de depressão é 71% maior do que entre os adolescentes que descansam oito horas.

A pesquisa, que analisou dados de 15,5 mil adolescentes nascidos na década de 90 foi publicada na revista especializada Sleep.

Um em cada 15 dos jovens analisados estava deprimido. 

Pensamentos suicidas 
Além do risco mais alto de depressão, aqueles que iam dormir após a meia-noite tinham 20% mais hipóteses de pensar em suicídio do que os que dormiam antes das 22horas.

Entre os adolescentes que repousavam menos de cinco horas por noite, o risco de pensamentos suicidas era 48% maior.

A depressão e os pensamentos suicidas também foram mais frequentes nas raparigas, jovens mais velhos e entre os que tinham uma menor percepção de quanto os seus pais se preocupavam com eles.

A maioria dos pais dos adolescentes analisados pelo estudo determinava que os seus filhos fossem dormir antes das 22hs. Um quarto deles permitia que os filhos dormissem depois da meia-noite.

Em média, os jovens dormiam sete horas e 53 minutos por noite, menos do que as nove horas recomendadas para a faixa etária. 

Exercícios regulares
O coordenador do estudo, James Gangwisch, disse que, apesar da possibilidade de que os adolescentes deprimidos tenham dificuldade para dormir, a ligação entre a hora determinada pelos pais e a depressão sugere que a falta de sono tem um papel no desenvolvimento da condição.

Segundo ele, a falta de sono afecta as respostas emocionais do cérebro e leva a um estado de irritação que dificulta lidar com as dificuldades do dia-a-dia.
Essa irritação pode afectar o julgamento, a concentração e o controlo dos impulsos.

"A quantidade adequada de sono pode então ser uma medida preventiva contra a depressão e um tratamento para a depressão", disse.

Sarah Brennan, presidente da organização de saúde mental YoungMinds, disse que "sono suficiente, boa comida e exercícios regulares são essenciais para se manter emocionalmente saudável".

Cansaço, sono e até depressão são sintomas da alteração horária

Este é um artigo do Jornal de Notícias publicado a 24-10-2009:
Dada a alteração horária de amanhã, domingo, foi realizada uma sondagem pela empresa Albenture, em Espanha, cuja conclusão é a de que a mudança de hora influencia os ritmos biológicos.
Foram mais de metade dos sete mil trabalhadores entrevistados, os que manifestaram sofrer algum tipo de transtorno causado pela mudança de hora. Sono e cansaço foram apontados como o principal efeito nos ritmos biológicos dessa população laboral.
Mais de metade das pessoas inquiridas, (56%), confirmou que a mudança horária lhes cria "algum tipo de perturbação". 60% destas, aponta o sono como principal efeito, no campo laboral (11%) e na hora de almoço (10%). O cansaço é o sintoma que a maioria evoca, embora a depressão (10%), a falta de concentração (7%), ansiedade (6%) e a falta de apetite (1%), também sejam factores realçados.
Por outro lado, o cenário tende a observar-se também em Portugal.
A neurologista Teresa Paiva adianta que, durante cinco meses, as noites vão cair mais cedo, o que pode trazer alguns distúrbios aos portugueses. "O grande problema é os dias ficarem muito pequenos e a exposição solar ser muito baixa", adiantou, acrescentando que é "péssimo" as crianças irem muitas vezes para a escola ainda de noite.
A neurologista lembrou a necessidade de apanhar a luz do Sol logo de manhã, sublinhando que, nos países do Norte, a depressão aumenta significativamente nos períodos de Inverno.
Por outo lado, empresas localizadas em Portugal colocam de parte o registo de qualquer impacto dessa natureza. Apenas a Ericsson admite que o fuso horário, distinto da maioria dos países, "é um factor de desalinhamento". 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Síndrome das pernas inquietas

A Síndrome das pernas inquietas é uma desordem sensorial que causa nas pessoas uma necessidade incontrolável de mover as pernas. Essa necessidade de mover as pernas é devido a sensações incómodas que ocorrem ao ficar quieto. Mover as pernas melhora essas sensações, mas somente por alguns momentos. As sensações incómodas também podem ocorrer nos braços. 

Efeitos da síndrome das pernas inquietas
A Síndrome das pernas inquietas pode tornar difícil o acto de adormecer e de se manter a dormir. As pessoas com este síndrome não têm um duração de sono suficiente e podem sentir-se cansadas e sonolentas durante o dia, o que tornar difícil a concentração, trabalho, estudo, e actividades sociais e quotidianas. 
Não ter um sono suficiente também pode fazer com que a pessoas se sintam deprimidas ou com mau humor.

Tipos de síndrome das pernas inquietas
Há dois tipos de
síndrome das pernas inquietas:
* Síndrome das pernas inquietas primária
Esse é o tipo mais comum, também chamado de síndrome das pernas inquietas idiopática. A síndrome das pernas inquietas primária, uma vez que aparece, geralmente torna-se uma condição para toda a vida. Com o passar do tempo os sintomas tendem a piorar e ocorrem mais frequentemente, especialmente se a síndrome das pernas inquietas primária começar quando a pessoa é jovem. Em casos leves, pode haver grandes períodos sem sintomas, ou os sintomas podem durar um tempo limitado.

* Síndrome das pernas inquietas secundária
Esse tipo é causado por outra doença ou condição médica, e algumas vezes por certos medicamentos. Os sintomas geralmente desaparecem quando a pessoa fica boa ou melhor da doença ou condição médica, ou quando pára de tomar o medicamento que causou a síndrome. 

Causas da síndrome das pernas inquietas primária
Nos casos desta síndrome primária a causa não pode ser encontrada. Porém, é sabido que a síndrome das pernas inquietas primária tende a acontecer em membros da mesma família, o que sugere que há um componente genético na probabilidade de sofrer desta condição. 

Causas da síndrome das pernas inquietas secundária
A síndrome das pernas inquietas secundária é causada por certos medicamentos ou por outra doença ou condição médica. Algumas doenças e condições médicas que podem causar a síndrome das pernas inquietas secundária são: 

* Deficiência de ferro, com ou sem anemia 
* Falha nos rins 
* Diabetes
* Doença de Parkinson 
* Danos ao nível dos nervos das mãos ou pés 
* Artrite reumatóide
* Gravidez

A síndrome das pernas inquietas secundária é comum em mulheres grávidas, ocorrendo nos últimos 3 meses de gravidez e geralmente melhorando ou desaparecendo em algumas semanas depois do parto. Porém, algumas mulheres podem continuar a ter os sintomas depois do parto ou desenvolver Síndrome das pernas inquietas de novo mais tarde.

Tratamento da síndrome das pernas inquietas 
O tratamento da síndrome das pernas inquietas visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade do sono e tratar ou corrigir a condição que pode estar causando a síndrome. Os tipos de tratamento incluem mudanças de hábitos e/ou medicamentos.

As mudanças de hábitos que podem aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas são:
* Evitar álcool, cafeína, fumo e alguns medicamentos (certos antidepressivos, remédios contra as náuseas, anti-psicóticos e anti-histamínicos)
* Adoptar bons hábitos de sono: manter o quarto sossegado, escuro e confortável; usar o quarto para dormir e não para ver tv, usar computador e outras actividades; ir dormir e acordar nos mesmos horários...
* Seguir um programa de exercícios físicos moderados
A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), também conhecida como Síndrome de Ekbom, é uma desordem neurológica associada a sensações anormais nas pernas.Cerca de 5% da população geral e 10% das pessoas acima dos 65 anos têm esse problema!

terça-feira, 23 de março de 2010

Ontem, dia 22 de Março, realizou-se uma palestra sobre o sono, dada pelo neurologista Dr. António Martins. Tudo correu como planeado e inclusivé houveram muitas criticas positivas.

 A todos os que participaram, professores e alunos, à ACIRO, pela cedência do espaço, e à professora Fátima Leal, pelo apoio na realização desta palestra, o nosso muitíssimo obrigado!





Como tinhamos já anunciado, realizámos uma actividade relacionada com o sono no passado dia 8. Durante todo o dia, até às 17h30h, estivemos na sala 42. A actividade foi bem sucedida, tendo as nossas expectactivas sido superadas dado a quantidade de alunos, professores e funcionários que nos visitaram e os elogios que recebemos.

Obrigada a todos os que nos visitaram!


Ficam aqui algumas fotos...
 

domingo, 21 de março de 2010

    No passado dia 19, organizámos uma palestra subordinada ao tema Acupunctura no tratamento das Insónias na ACIRO .
    A palestra foi dirigida pela Dra. Cândida e pelo Dr. Nelson licenciados em Medicinas Tradicionais Chinesas.
   

Os temas abordados na palestra foram:
- Introdução à Medicina Tradicional Chinesa
- Origem da Acupunctura
- O que são as Insónias
- Tratamento das Insónias
- Conselhos para dormir melhor
- Demonstração prática de Acupunctura em duas voluntárias
- Esclarecimento de dúvidas aos presentes

 Aqui ficam algumas fotos...


Tratamento das Insónias

Como já tínhamos referido anteriormente no blogue dos Sleepy People, as massagens e as Medicinas Alternativas favorecem e facilitam o acto de dormir...   =)

MASSAGENS

Tem dores? 

Se sente algum tipo de dor ou desconforto, o ideal será experimentar uma massagem terapêutica. Neste tipo de massagem faz-se uso de manobras localizadas em determinados pontos para aliviar ou libertar pontos ou músculo que estão presos ou stressados. Durante o tempo que for necessário o massagista irá trabalhar esses pontos para desfazer os nós ou aliviar pressões excessivas causadas por más posições.

Desportistas, Atletas

Especificamente existe a massagem desportiva.
Um tipo de massagem forte, focalizada em um ou vários grupos musculares utilizados num específico exercício. Antes ou depois de uma competição recorra a este serviço para sentir os efeitos causados no seu desempenho desportivo. Poderá também optar pelos Exercícios Físicos Tailandeses para esticar os seus músculos.

Leva uma vida demasiado stressante?

Se vive uma vida demasiado stressante até para conseguir dormir, que tal experimentar uma massagem da cura do sono. São cerca de 2 horas de puro relaxamento total. 
No final sentir-se-á revigorado, fresco e com energias para enfrentar mais um dia da sua vida. 

ACUPUNCTURA
Acupuntura ou Acupunctura é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa, que consiste na estimulação de determinados pontos específicos do corpo, através da inserção de agulhas. Este método promove a cura de determinadas doenças e alivia a dor.

O fluxo da energia vital faz-se por meio de canais, conhecidos como meridianos. Os meridianos de acupuntura, chamados de tsing pelos chineses, são locais onde passa o Qi (a energia), composta por duas forças opostas e complementares (yin-yang), responsáveis pelo equilíbrio físico, mental e emocional de cada um. A cada órgão corresponde um meridiano próprio e em cada meridiano existem vários pontos cutâneos com funções específicas (os tsubôs). Ao colocar uma agulha de acupuntura num destes pontos ocorre uma estimulação energética que por sua vez desencadeia reacções bioquímicas no nosso organismo, melhorando a circulação sanguínea, equilíbrio do sistema nervoso central, activação das defesas imunológicas e atenuação de dores agudas e crónicas.
A Acupuntura é indicada para:
- Ansiedade, Insónias, depressão, stress, pânico, obesidade, tabagismo, etc.
- Dores de cabeça, constipações, gripe, asma, sinusite, rinite, enfisema pulmonar, bronquite, faringite, rouquidão, etc.
- Consequências de A.V.C. (derrame cerebral), paralisia, hemiplergia, paraplegia, tetraplegia, paralisia facial, consequências de lesão medular, paralisia cerebral, etc.
- Dores de estômago, gastrite, dor abdominal, hemorróidas, cólicas, diabetes, etc.
- Impotência sexual, ejaculação precoce, frigidez, etc.
- Lesões por esforços repetitivos ou doenças ósteo-musculares relacionadas ao trabalho, tendinite, tenossinovite, torcicolo, hérnia, dor lombar, dor cervical, dores "nas costas", dores em geral (punho, cotovelo, ombro, joelho, tornozelo), etc.

sábado, 6 de março de 2010

Na próxima segunda-feira, dia 8 de Março, vamos realizar uma actividade relacionada com o Sono, na nossa escola Henriques Nogueira. Nesta actividade ficarás a saber o teu nível de Sono, ou seja se tens um sono com qualidade ou se deverás consultar o médico.. Esta iniciativa tem como objectivo divulgar o nosso projecto pela comunidade escolar, aumentar o leque de actividades na escola e também contribuir para o enriquecimento do nosso trabalho.


Poderás encontrar-nos, durante os intervalos, na Sala 42.


Aparece! :)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Porque ressonamos?

Dormir com alguém que ressona perturba muito o descanso da outra pessoa. Por muito que se tente evitar, ressonar não é provocado propositadamente. Este é um problema habitual na população portuguesa...
Ressonar é um dos muitos problemas que afectam os portugueses. Não é provocado propositadamente, e ocorre com mais frequência nos homens que nas mulheres. A partir dos 30 anos, esta é uma perturbação que afecta muito os homens e que tem tendência a aumentar com a idade da pessoa. Mais de metade dos homens ressonam a partir da idade referida anteriormente, enquanto que nas mulheres o problema manifesta-se mais tarde e só a uma parte referente a um terço das mesmas.
Ressonar pode ser um verdadeiro problema para as pessoas que dormem na mesma casa, isto se o ressonar for muito intenso e forte, e para a pessoa que divide a cama com o ressonador. Porém, há quem ressone em demasia e outros apenas soltam uma respiração ruidosa, o que acaba sempre por perturbar as restantes pessoas. Sendo um problema comum a muitas pessoas, o ressonar provoca ruídos perturbadores quase como se ao nosso lado estivesse uma mota ou um automóvel, isto em situações mais graves.
A pessoa que ressona parece estar a dormir um sono profundo, mas na realidade não está, pois o seu sono é mais perturbador que o de outra pessoa qualquer. Assim, o ressonador acaba por se sentir mais cansado que outra pessoa no seu dia a dia, devido à falta de descanso durante a noite. Se é uma pessoa que ressona fique a saber que, ainda que este problema seja incomodativo, ele não arrasta qualquer situação negativa para a saúde, isto se não surgirem problemas cardíacos alheios ao ressonar.
O que acontece é que quando a língua e a úvula diminuem a abertura que permite o ar circular, provoca os ruídos características do ressonar. O ar passa quando a pessoa está a inspirar, fazendo-o vibrar, soltando depois os ruídos barulhentos a que associamos ao ressonar. 
Ter o nariz tapado ou problemas nas amígdalas são outro dos possíveis motivos para a pessoa estar a ressonar em demasia, ou então para dar início somente agora a este problema. Há é que saber se o problema já é antigo ou se só agora se começou a manifestar, pois caso seja provocado por um problema menor de saúde, como uma constipação, o mais certo é passar posteriormente.
Quando se ressona, o ar não está a passar correctamente, o que faz com que a pessoa acorde muitas vezes durante a noite para conseguir respirar melhor. O ritmo cardíaco sofre assim algumas anomalias, o que mais tarde se virá a intensificar caso a pessoa sofra de hipertensão ou seja vítima de algum ataque cardíaco. As pessoas que ressonam têm, habitualmente, uma maior dificuldade em concentrar-se e é provável que sofram de dores de cabeça ao acordar.
A obesidade, fumar e a falta de exercício físico pioram toda esta situação. Os comprimidos para dormir, bem como digerir bebidas alcoólicas, são outra das desvantagens para o ressonar. Tente dormir com uma cabeceira mais alta e durma de barriga para baixo ou para o lado, pois assim o ressonar não será tão intenso. Se o seu ressonar for muito forte e se todos este cuidados não resultarem, provavelemente terá que usar um pequena máscara, denominada de C-PAP, para que a inspiração do ar no doente se faça de melhor forma. Uma hipótese é também a cirurgia onde, após aconselhamento médico, são removidos alguns músculos.
Preocupe-se com o seu descanso e com o dos que o rodeiam. Faça pequenas tentativas caseiras, como dormir com a cabeça mais alta, para ver se resulta. De qualquer forma, deve sempre consultar um otorrinolaringologista, para se aconselhar e saber o diagnóstico real da sua sitaução.

Alguns conselhos para deixar, ou pelo menos diminuir a intensidade do ressonar

Ressonar - Sons provocados pela respiração, quer da boca quer do nariz durante o sono.
O ressonar é mais frequente nos homens (20%) entre os 30 e os 35 anos e agrava-se com a idade.
O ressonar é uma desordem do sono que pode ter consequências médicas graves.
Alguns conselhos para deixar, ou pelo menos diminuir a intensidade do ressonar:
Durma para o outro lado.
Uma das principais razões do ressonar é a posição. O ressonar é mais intenso quando deitados de costas e desaparece ou diminui quando se esta na posição lateral. Arranje formas de evitar dormir de costas (alguns truques usados no colchão, almofada, parecem resultar).

Evite o álcool e tranquilizantes.
O álcool e os sonoríferos aumentam a possibilidade de ressonar pois actuam a nível do sistema nervoso central e relaxam os músculos da garganta. Pode causar apneia, situação perigosa que pode estar ligada a doenças cardiovasculares.

Perca peso.
A obesidade é factor importante.

Trate as alergias.
Alergias respiratórias podem acentuar muito o ressonar, pois obrigam a respirar somente pela boca durante o sono. Tome um anti-histamínico ou um descongestionante nasal.

Tente deixar de fumar.
O fumo é irritante para a garganta e seca a mucosa nasal. É importante deixar de fumar para parar de ressonar.
Horários certos.
As pessoas com horários de deitar irregulares ou que dormem pouco têm tendência a ressonar mais. Mantenha um ciclo regular de "deitar-levantar". É importante em todos os aspectos da sua saúde.

Mantenha a cabeça elevada.
Utilize duas almofadas, vai respirar melhor e consequentemente ressonar menos.
Sapo Saúde

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O café e o sono

Após o sono, ao acordar, o hábito mais natural e comum do ser humano é tomar café. Será o café algo benéfico ou prejudicial ao sono?
O consumo de café estimula o estado de vigília, aumentando a atenção, concentração e mecanismos nervosos que actuam na consolidação da memória. Como a consolidação da memória ocorre durante a fase do sono REM, caso a actividade desta fase fosse aumentada, seria possível aumentar a capacidade de memória do ser humano. 
Mas a ciência ainda desconhece os mecanismos bioquímicos que ocorrem durante o sono, para interferir com medicamentos na etapa em que a memória esta sendo consolidada.
Logo, o sono ainda é uma função que deve ser praticada de forma natural e sem interferência. 
O Quadro 1 abaixo mostra que o consumo de café durante a noite, para estimular a vigília , pode ser prejudicial para a atenção, concentração e memória no dia seguinte. Isto é, não vale a pena o indivíduo ficar até tarde a tomar café para estudar ou trabalhar. 
O melhor é estudar ou trabalhar durante o dia, com o uso de café até o meio da tarde, exercitando a atenção, concentração e memória. E acordar cedo , para reiniciar a actividade intelectual, com a ajuda do café.

As pessoas que dormem normalmente entre 6 a 8 horas, o consumo exagerado de café durante a noite causa privação do sono e um prejuízo da atenção e concentração no dia seguinte. Este efeito negativo pode ser atenuado ou mesmo inexistir em pessoas habituadas a tomar café à noite. Estudantes que não fazem uso regular de café à noite, podem ter a sua aprendizagem prejudicada caso estudem até tarde à noite com a ajuda de café. 
O método mais eficaz é acordar cedo pela manhã para estudar!!  =)
Quadro 1
Quadro 1 - Efeitos do café nas horas normais de sono (8 hs), de atenção (75%) e de memória(60%) do consumo de 4 xícaras de café durante o dia (8hs,90%,85%) , de 2 xícaras (7 hs, 70%,55 %) e de 4 xícaras ( 6 hs,55 % 45 % ) durante a noite em pessoas não acostumadas a tomar café diariamente ( n=334 ) 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Livro "Dormir melhor"

Aqui fica mais um conselho para quem tem dificuldades em dormir...
=)
Livro publicado pela DecoProteste: "Dormir melhor"

Dormir! Algo que fazemos desde que existimos, o momento por excelência em que nos libertamos das preocupações e das fadigas da vida diária para entrarmos no mundo mágico dos sonhos e restabelecermos o equilíbrio orgânico e psicológico. É tão apetecível e parece tão fácil... Mas então, porquê um guia prático sobre o sono? Será que há alguém que não saiba dormir? Infelizmente, somos muitos. Será raro o dia em que nós próprios ou alguém que conhecemos não se queixa de ter dormido ou andar a dormir mal, de cansaço e sonolência, de irritabilidade ou falta de concentração provocadas pela falta de sono.
Afinal, o que se passa? Mergulhados numa espiral vertiginosa de afazeres e pressas, respeitamos cada vez menos o nosso ritmo natural e reduzimos as horas de sono, damos pouca atenção ao espaço onde dormimos, à alimentação, aos rituais que nos permitem relaxar antes do merecido repouso. Pelo contrário, abusamos do café e dos medicamentos e temos cada vez mais dificuldade em manter o equilíbrio. Mas ainda é possível (re)aprender os bons hábitos que favorecem as noites de sono repousante e revigorante! Neste guia que tem em mãos, explicamos-lhe os mecanismos do sono e os factores naturais que o propiciam, ajudamo-lo a transformar o seu quarto num espaço de recolhimento e tranquilidade e damos diversas sugestões para que durma cada vez melhor. Para o caso de estas estratégias não serem suficientes, indicamos ainda quando deverá procurar ajuda especializada, os exames que permitem identificar o seu problema e as terapias possíveis.
http://www.deco.proteste.pt/saude

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Diz-me como dormes...

Se temos uma linguagem corporal quando estamos acordados, por que não durante o sono? Um cientista britânico acredita na relação entre as posições em que dormimos e a nossa personalidade.

Dorme de costas, em posição fetal ou de lado? Chris Idzikowski, médico e director do Centro de Sono de Edimburgo, na Escócia, afirma que a forma como dormimos pode ser uma manifestação postural do subconsciente. O investigador, ex-presidente da Sociedade Britânica do Sono e colaborador permanente de algumas instituições internacionais para o estudo desta área, acredita ter identificado uma relação entre a posição assumida durante o sono e o perfil psicológico da pessoa. Para este estudo Idzikowski inquiriu cerca de 1000 indivíduos, tendo conseguido determinar as 6 posições de sono mais comuns. Os resultados foram surpreendentes: “o perfil por detrás de cada postura é muito diferente do que poderíamos esperar”, admite o britânico.

Confira o que o seu corpo diz sobre si quando está de olhos fechados.


Posição fetal (41%)
 
A mais comum das posturas, principalmente entre as mulheres (51%). Corresponde a pessoas cuja aparência exterior forte esconde uma extrema sensibilidade. São tímidos ao primeiro contacto, tornando-se mais descontraídos e abertos com o tempo.



   
O "Corcunda" (13%)

Semelhante à posição de tronco mas com os braços à frente do corpo. Pessoas que dormem nesta posição tendem a ser donas de uma personalidade aberta, embora possam tornar-se desconfiadas e cínicas. Demoram a tomar uma decisão, mas quando a tomam tendem a ser irredutíveis.



Tronco (15%)
De lado, com os braços junto ao corpo. Os que dormem em posição de “tronco” são geralmente pessoas sociáveis, simpáticas, geralmente muito populares. Podem confiar demasiado, tornando-se ingénuas.





  
 Posição de soldado (8%)

De barriga para cima, com braços e pernas esticados ao longo do corpo. Típica de pessoas calmas, reservadas e exigentes, tanto com os outros como consigo própria.





Queda livre (7%)

De barriga para baixo, com as mãos por baixo da almofada, cabeça para um dos lados. Por fora, estas pessoas podem parecer sociáveis e impetuosas; na verdade, são espíritos nervosos e muito sensíveis à crítica.




Estrela-do-mar (5%)

De barriga para cima, com braços por baixo da almofada e pernas esticadas para os lados. A esta postura parecem corresponder bons ouvintes, que fazem amigos muito facilmente, mas que detestam ser o centro das atenções.





De acordo com as pesquisas do autor britânico, a posição “queda-livre” beneficia a digestão, enquanto quem prefere dormir como “estrela do mar” ou “soldado” tem mais tendência a ressonar e a ter perturbações durante o sono. Ainda segundo o inquérito de Idzikowski, a maior parte das pessoas dorme com um braço ou perna de fora dos lençóis. Uma em cada dez pessoas cobre-se totalmente com a roupa da cama.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Diário do sono

Aqui fica um exemplo de um diário de sono e aproveitem para reflectir sobre a vossa qualidade de sono!
Caso seja necessário consultem um médico!



.:Sleepy People:.

Paralisia do Sono


Paralisia do Sono é uma condição caracterizada por uma paralisia temporária do corpo imediatamente após o despertar ou, com menos frequência, imediatamente antes de adormecer.

Fisiologicamente, ela é directamente relacionada à paralisia que ocorre como uma parte natural do sono REM, a qual é conhecida como atonia REM. A paralisia do sono ocorre quando o cérebro acorda de um estado REM, mas a paralisia corporal persiste. Isto deixa a pessoa perfeitamente consciente, mas incapaz de se mover. Além disso, o estado pode ser acompanhado por alucinações hipnagógicas *.


Sintomas:
Paralisia- ela ocorre pouco antes da pessoa adormecer ou imediatamente após despertar. A pessoa não consegue mover nenhuma parte do corpo, nem falar, e tem apenas um controle mínimo sobre os olhos e a respiração. Esta paralisia é a mesma que acontece quando uma pessoa sonha. O cérebro paralisa os músculos para prevenir possíveis lesões, já que algumas partes do corpo podem se mover durante o sonho. Se uma pessoa acorda repentinamente, o cérebro pode pensar que ela ainda está dormindo, e manter a paralisia.
Alucinações- Imagens e sons que aparecem durante a paralisia. A pessoa pode pensar que existe uma presença atrás dela ou pode ouvir sons estranhos. As alucinações parecem-se muito com sonhos, possivelmente fazendo a pessoa pensar que ainda está sonhando. Algumas pessoas relatam também sentirem um peso no peito, como se alguém ou algum objecto pesado estivesse pressionando-o.
Estes sintomas podem durar de alguns poucos segundos até vários minutos e podem ser considerados assustadores para algumas pessoas.
* percepções visuais de objectos que não existem, tão reais que dificilmente são removíveis pela argumentação lógica – alguns autores propõem o termo “alucinose” para designar as falsas percepções onde a pessoa tem a consciência da natureza imaginária da sua vivência. Quanto ao conteúdo podem não ter uma forma específica: clarões, chamas, raios, vultos, sombras, experiências caleidoscópicas etc, ou têm formas definidas, tais como pessoas, monstros, demónios, animais, santos, anjos, bruxas, essas últimas geralmente são integradas a um processo interpretativo delirante nas psicoses.

Efeitos do horário de Verão no relógio biológico

1. O horário de verão traz mudanças para o relógio biológico?

Sim, os efeitos do horário de verão são semelhantes ao de uma viagem de avião em que se cruza um fuso horário, sendo que no início essa viagem seria no sentido leste-oeste e no término, no sentido oeste-leste. Em condições normais os diversos ritmos do nosso organismo (por ex. ciclo vigília-sono, ritmo de temperatura, etc..) estão sincronizados entre si (o que é chamado de ordem temporal interna) assim como ao claro-escuro ambiental. Com o horário de verão ou a mudança de fusos horários, o organismo tende a sincronizar seus ritmos ao novo horário, no entanto, como cada ritmo tem uma velocidade própria de ajuste ao novo horário, a relação de fase entre os ritmos é modificada (o que chamamos de desordem temporal interna). Após alguns dias ou semanas (dependendo do indivíduo) a ordem temporal interna é restabelecida.

2. Que tipo de alteração a pessoa pode apresentar?

Durante essa fase de desordem temporal interna o indivíduo pode experimentar um mal-estar, dificuldade para dormir no horário habitual (o horário do relógio) e sonolência diurna, o que pode levar também a alterações de humor e de hábitos alimentares.

3. É verdade que existem grupos de pessoas que sofrem mais, dependendo da regulação de seu relógio biológico, os vespertinos por exemplo?

Sim, a resposta ao horário de verão é bastante variável entre os indivíduos. Um estudo feito no Brasil, no qual foram entrevistadas 77 pessoas de SP, RS e RN revelou que cerca de 50% das pessoas queixam-se da qualidade de sono após a implantação do horário e as diferenças entre o antes e depois são mais significativas para pessoas que dormem pouco (os chamados pequenos dormidores). Parece também que os indivíduos vespertinos teriam mais facilidade para se adaptar a entrada do horário do que os matutinos e na saída do horário a situação se inverteria, sendo mais fácil para os matutinos do que para os vespertinos, mas não existem estudos a esse respeito, trata-se de uma suposição.

4. De que forma essas pessoas são caracterizadas?

O carácter de matutinidade/vespertinidade é avaliado atráves de um questionário. As pessoas matutinas são aquelas que gostam de acordar e dormir cedo e sentem-se bem dispostas na parte da manhã. Os vespertinos são aqueles que preferem dormir mais tarde, acordar mais tarde (quando é possível), sentem-se bastante sonolentos na parte da manhã e atingem sua maior disposição do fim da tarde em diante. Além desses tipos, existem os indivíduos classificados como indiferentes porque possuem uma maior flexibilidade para alocar seu sono seja para mais cedo ou mais tarde, sem prejuízo ao seu bem-estar. É importante lembrar que a distribuição desses tipos na população segue uma distribuição normal, ou seja, a maioria é indiferente, os tipos extremos de matutinos e vespertinos são minoria, mas existem. A mesma regra vale para a existência de pequenos, médios e grandes dormidores, a maioria dos indivíduos necessita aproximadamente 8 horas de sono, enquanto uma pequena parcela necessita menos e outra parcela mais de 8 horas.

5. Isso é uma preferência pessoal?

Sim e não. É uma preferência pessoal no sentido que só o indivíduo é capaz de saber qual é a sua melhor hora para dormir, acordar, trabalhar, fazer exercícios físicos, etc..; mas essa preferência não pode ser atribuída exclusivamente às convenções sociais. Há evidências recentes de que o carácter de matutinidade/vespertinidade possui uma determinação genética.

6. Durante esse período, os riscos de acidentes podem aumentar? Há pesquisas sobre isso?

Sim, principalmente na entrada do horário de verão quando se perde pelo menos uma hora de sono. No Brasil não existem estatísticas a respeito. No Canadá foi realizado um estudo que mostrou que no dia seguinte à implantação do horário ocorreu um aumento de 7% no número de acidentes de trânsito. A situação volta ao normal somente uma semana após a implantação. Na retirada do horário (quando se ganha uma hora) ocorre uma diminuição do número de acidentes no primeiro dia e um aumento de cerca de 7% uma semana depois da retirada do sistema.

7. O que pode ser feito para minimizar os efeitos da mudança?

Recomenda-se aos indivíduos que, na medida do possível, preparem-se para dormir mais ou menos no horário de sempre (do relógio). Uma boa dica é dormir com as janelas abertas pelo menos nos primeiros dias para acordar com a claridade. Isso ajuda na sincronização. Outra recomendação é que não dirijam por muito tempo (por exemplo pegar estradas) durante os dias em que se sentem sonolentos e irritados.
  

8. Sendo a implantação do horário no domingo, adiantar o relógio no sábado pode ser uma boa opção?

Sim, pode ser uma opção, mas como essa adaptação leva pelo menos uns 4 dias, não vai adiantar muito porque na segunda-feira possivelmente ainda se sentirá os efeitos da mudança, mas enfim pode ajudar.

Luciana Mello e Cláudia Moreno
" Temos de dormir cada dia e muito bem, para estar outro dia vivendo por inteiro e vibrando a cada instante, com energia, disposição e bom humor. "
Cobra, Nuno. A Semente da Vitória. Editora Senac, 15ª edição, p.90, 2000.

Afinal, porque dormimos?

Nem tudo o que caracteriza os seres vivos reflecte necessariamente uma utilidade ou função.
Os exemplos da cauda do pavão e do apêndice cecal humano ilustram bem essa afirmação.
Será que nosso sono, ou o de quase todos os mamíferos ou das aves pode ser considerado um acessório sem "utilidade" do ponto de vista da sobrevivência dos organismos?
Tudo indica que não. 
Mas se indagarmos sobre a utilidade do sono para quem estuda o sono, provavelmente a resposta será que não tem apenas uma, mas muitas utilidades.

Uma delas diz respeito à coincidência entre sono e certas actividades orgânicas, como a secreção de várias hormonas em mamíferos. O sono não é responsável pela produção dessas hormonas, mas sem dúvida que as intensifica. Tal constatação caracteriza o papel do sono como facilitador dos processos de produção dessas hormonas.
Outra utilidade aparente do sono é a sua capacidade de propiciar distintos modos de funcionamento do cérebro durante uma noite, que se manifestam sob a forma de estágios: sono superficial, sono profundo e sono paradoxal. Esses dois últimos apresentam o que se convencionou chamar de "efeito reboque": 
um indivíduo privado de uma noite de sono compensa essa privação na noite seguinte, exibindo preferencialmente esses dois estágios.

O sono parece estar ligado à capacidade do cérebro de adquirir e resgatar informações, como comprovam as actividades experimentais que associam o sono e a memória. Além de dificultar a aprendizagem, a falta de sono induz modificações importantes no humor das pessoas.
Tais factos mostram a importância do sono e talvez expliquem sua presença em diversas espécies. Em invertebrados, embora seja discutível chamar o estado de inactividade de sono, a alternância entre actividade e repouso é uma regra.

A suposta "inutilidade" do sono não tem, pois, fundamento científico, adequando-se a um tipo de mentalidade que só entende funcionalidade dos fenómenos biológicos quando estes têm relação imediata de causa e efeito.
Por outro lado, permanecer em vigília constante não é compatível com a especialização de animais de hábitos diurno e nocturno.  
Já se imaginou a fugir de uma onça na floresta em plena noite escura?

Luiz Menna Barreto  
(texto publicado na revista Ciência Hoje, vol 25, n 148, p.4, 1999)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Disfunção eréctil no idoso associada a síndrome das pernas inquietas

Estudo publicado na revista "Sleep"

A disfunção eréctil nos idosos está relacionada com a
síndrome das pernas inquietas (SPI), revela um estudo
publicado na revista "Sleep".
A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio neurológico
que causa uma necessidade incontrolável de movimentar
as pernas, facto que torna difícil adormecer ou manter o
sono.
Segundo uma equipa de cientistas da Harvard Medical
School, EUA, a relação entre SPI e disfunção eréctil aumenta
quanto mais frequentes são os sintomas do movimento
involuntário das pernas.

O estudo analisou dados de 23.119 homens, com idades
entre os 56 e 91 anos. Para reduzir possíveis erros de
classificação da SPI, os participantes com diabetes e
artrite foram excluídos da análise. Do total, 944 apre-
sentavam SPI e 9.433 homens tinham disfunção eréctil.
Verificou-se que a disfunção eréctil foi 16% mais elevada
em homens que sofriam da síndrome, e que relatavam
crises entre cinco e 14 vezes por mês, e 78% mais
elevada, quando tinham mais de 15 crises por mês.
De acordo com o líder da investigação, Xiang Gao, os
resultados sugerem que existe a possibilidade de os
distúrbios terem mecanismos comuns, nomeadamente o
facto de, em ambas as patologias, serem observados
baixos níveis do neurotransmissor dopamina.
Os autores referem ainda como explicação para a
associação das duas condições outros distúrbios do
sono, incluindo a apneia e a insónia, que reduzem os níveis
de testosterona.

08 de Janeiro de 2010



Doenças do sono são na maioria tratáveis

A neurologista Teresa Paiva é procurada sobretudo para resolver problemas de insónias

"A insónia é o principal problema relacionado com o sono que mais pessoas leva ao consultório da Neurologista Teresa Paiva."
Junta-se a este problema da insónia, que se traduz no acordar diversas vezes durante a noite, outras situações, algumas das quais, nem passariam pela cabeça do comum mortal como sejam os casos de violência durante a noite.
Em entrevista ao JORNAL da MADEIRA, a Neurologista Teresa Paiva, especialista em doenças relacionadas com o sono explicou alguns dos principais problemas, a este nível tendo assegurado, no entanto, que “são todos mais ou menos menos tratáveis”.
 
Os problemas relacionados com o sono vão desde o dormir pouco voluntariamente, ou seja, dormir menos do que aquilo que se precisa, problemas em adormecer como é o caso da síndrome das pernas inquietas ou a vontade irresistível de meter as pernas dentro de água para aliviar uma tensão que se tem. Esta doença atinge 10% da população mas tem tratamento sendo muito prevalente em Portugal. 
(...)
Outros casos há em que as pessoas fazem barulhos durante a noite, ou seja, ressonam ou têm apneia, o que significa falta de respiração durante alguns segundos, uma situação que afecta 600 mil portugueses.
Há pessoas que fazem coisas estranhas durante o sono como o sonambulismo, andarem ou fazerem chichi na cama, rangerem os dentes ou terem muitos movimentos anormais durante a noite.
Existem, ainda, situações de pessoas que fazem cenas violentas durante a noite, em que agridem o parceiro ou magoam-se a si próprios. “São problemas relativamente complicados mas que, também, têm tratamento, uma vez feito o diagnóstico correcto”, garantiu.
As outras grandes queixas, explicou, dizem respeito a pessoas que tomam remédios a mais, a que é exemplo, o caso recente do Michael Jackson que morreu porque queria dormir.
De acordo com a Neurologista, “o que prova este episódio trágico é que, muitas vezes, quanto mais remédios se toma menos se dorme e isso é um problema nacional muito grande, inclusivamente, se sendo remédios para dormir”.
Teresa Paiva adverte que há que fazer determinados tipos de tratamento, nestes casos, às vezes uma lavagem às próprias pessoas.
 

Teresa Paiva é formada em Medicina, com especialização em Neurologia. A leccionar na Faculdade de Medicina de Lisboa dedica-se, igualmente, às doenças relacionadas com o sono. Há mais de 20 anos que ensina os outros a dormir melhor, proporcionando-lhes, desta forma, uma melhor qualidade de vida. É considerada a nível mundial uma das maiores especialistas do sono. Do seu currículo, destaque para a criação do Centro de Electroencefalografia e Neurofisiologia Clínica tendo sido responsável pelo primeiro mestrado do sono a nível mundial. Recentemente, esteve no Funchal, no âmbito do Curso de Pós-Gradução “Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono”, organizado pela Associação Portuguesa do Sono (APS). Nesta sua deslocação, apresentou o seu mais recente livro, “Bom Sono, Boa Vida”, lançado no ano passado (4.ª edição). Neste livro, Teresa Paiva partilha 77 histórias relacionados com problemas do sono onde, no final de cada qual, explica as razões do fenómeno e passos para a cura.  
 

Élia Freitas
in JM 18 de Outubro de 2009

Dicas para dormir melhor

Se sentir alguma alteração nos seus hábitos de sono, não deixe que a situação se arraste. Procure respeitar o tempo que o seu organismo precisa para se restabelecer, melhore os seus hábitos de vida e as condições do seu quarto.
Dormir é uma necessidade biológica, que permite restabelecer as funções físicas e psicológicas. Segundo um inquérito que realizámos e cujos resultados são apresentados no artigo “Metade dos portugueses dorme mal”, as consequências directas de dormir menos de sete a oito horas são a sonolência e a diminuição da qualidade de vida. Sabe-se também que, a médio e longo prazo, a saúde física e psicológica ficam afectadas pela “dívida de sono”. Se sentir alguma alteração nos seus hábitos de sono, não deixe que a situação se arraste. O défice de sono deve ser compensado para não se tornar crónico.

Algumas medidas para repor o seu sono em dia:
  • Não tome medicamentos para dormir por iniciativa própria.
  • Mantenha um horário regular de sono, mesmo ao fim-de-semana.
  • Pratique exercício físico regularmente, pelo menos quatro horas antes de se deitar.
  • Evite bebidas com cafeína, sobretudo nas seis horas antes de ir dormir.
  • Não fume, especialmente antes de ir para a cama.
  • Evite bebidas alcoólicas, bem como refeições pesadas ao serão.
  • Não tente forçar o sono (relaxe e evite olhar para o relógio). Se não consegue adormecer, levante-se e procure fazer uma actividade relaxante, como ler, até que o sono chegue.
  • Durma apenas o tempo necessário para se manter fresco durante o dia.
  • Use o seu quarto apenas para dormir ou para ter relações sexuais. Evite ver televisão, jogar no computador ou estudar na cama. Deite-se apenas quando o sono bater à porta. Procure criar um ambiente confortável, repousante e acolhedor.
Diário do sono
Caso os problemas de sono persistam, procure registar, pelo menos, durante uma semana as horas a que se deitou, levantou, quantas vezes acordou, se se sente repousado ou não de manhã; o que jantou, se praticou exercício físico ao serão, se consumiu café, álcool, tabaco, tomou medicamentos ou se existe uma situação que o preocupa. Este registo pode ser muito útil, nomeadamente por poder servir de base de discussão com o seu médico.

Quando ir ao médico?

Deve ir ao médico se notar uma alteração no seu padrão do sono, se sentir cansaço e/ou muita sonolência quando acorda e ao longo do dia e as medidas aconselhadas não forem suficientes para reencontrar um sono tranquilo e reparador.

Marque uma consulta
  • Se sente que o seu sono não é repousante, ou seja, se está sistematicamente sonolento e cansado durante o dia.
  • Ressona e sente que isso afecta o seu dia-a-dia, através de sonolência diurna, cansaço crónico, falhas de concentração e de memória, irritabilidade, etc.
  • Ressona e sofre de alguma doença cardiovascular.
  • Adormece facilmente em eventos sociais ou sente muita sonolência ao volante.
Comece pelo seu médico de família
Se precisar de ajuda profissional para tratar os seus problemas de sono, comece por consultar o seu médico de família. É muito útil manter um diário do sono : aponte as horas a que se deitou, levantou, quantas vezes acordou, se se sente repousado ou não de manhã; o que jantou, se praticou exercício físico ao serão, se consumiu café, álcool, tabaco, tomou medicamentos, etc. Este registo pode servir de base de discussão com o seu médico.
Se os seus problemas do sono o afectam realmente, insista para que o encaminhe para uma consulta do sono , isto é, uma unidade hospitalar onde existem especialistas vocacionados para este tipo de problemas.
Nalguns casos, o doente terá de passar, pelo menos, uma noite para a monitorização do seu sono. Enquanto dorme, ficará ligado, através de eléctrodos, a um aparelho que mede os parâmetros do sono e avalia o ciclo do sono. O objectivo deste tipo de exame consiste em encontrar a causa dos problemas.

Hospitais com consulta do sono
  • Hospital de São Marcos (Braga)
  • Hospital São Pedro de Vila Real
  • Hospital Santo António (Porto)
  • Hospital de São João (Porto)
  • Hospital dos Covões (Coimbra)
  • Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Hospital de Santa Maria (Lisboa)
  • Hospital Pulido Valente (Lisboa)
  • Hospital Distrital de Faro
Estes hospitais dispõem de consultas especializadas do sono. Nestes, poderá fazer um diagnóstico mais exacto do seu problema de sono, através de uma polissonografia (exame de monitorização do sono). Para tal, deverá ter uma credencial do seu médico de família.
O problema são as longas listas de espera. A alternativa são as clínicas privadas onde este exame pode custar algumas centenas de euros, havendo sempre a possibilidade de comparticipações por subsistemas de saúde (ADSE, SAMS, etc.) e seguros de saúde.

Notícia publicada em: Deco Proteste

sábado, 13 de fevereiro de 2010

"Metade dos portugueses dorme mal"

Estas são as principais conclusões do estudo:
“Metade dos portugueses dorme mal”, publicado na TESTE SAÚDE n.º 51, de Outubro de 2004, em que 3600 portugueses participaram, preenchendo o nosso inquérito sobre hábitos do sono.
Para uma boa qualidade de vida, saúde física e mental, e menos sonolência durante o dia, deve dormir-se, na vida adulta, entre sete e oito horas.

Estas necessidades de sono são iguais para a grande maioria dos adultos. Apenas uma pequena minoria dos inquiridos referiu sentir-se fresca e repousada com menos de seis horas de sono por noite, o que sugere que as necessidades de sono podem variar de pessoa para pessoa. Para determinar as suas necessidades pessoais, durma até acordar por si (num dia sem noitadas), sem despertador. Sente-se descansado? Veja quantas horas dormiu. Eis as horas de sono de que necessita.



Mas a grande maioria dos que dormem menos de seis horas sentem que precisariam de dormir mais para “recarregar as baterias” (90%). Não conseguem devido ao estilo de vida ou mesmo a dificuldades para dormir (nomeadamente insónias). A ansiedade, o stresse, a depressão, os problemas no trabalho e as preocupações familiares são os principais culpados. Os problemas físicos (doença, dor), os filhos pequenos e o facto de o parceiro ressonar são outros factores que parecem prejudicar o sono dos portugueses.
Repercussões para o resto do dia, depois de uma noite mal passada: pelo menos, três em cada quatro portugueses referem sentir-se com mau aspecto, sonolentos durante o dia, com dores de cabeça ou sensação de cabeça pesada, problemas de concentração, reflexos diminuídos e irritabilidade em casa e no trabalho. A saúde mental e a vitalidade foram os aspectos da qualidade de vida mais afectados pela má qualidade do sono.
A questão torna-se particularmente preocupante quando a sonolência diurna (que afecta o quotidiano de mais de metade dos portugueses) atinge níveis que podem pôr em causa a segurança do próprio ou dos que o rodeiam.
Um em cada cinco inquiridos afirmaram acontecer-lhes com alguma frequência estarem tão sonolentos que seria possível adormecerem… ao volante!
Em mais de 25% dos casos, os portugueses ressonam alto. Muitas pessoas pensam que ressonar significa dormir profundamente. Ora, ressonar afecta sempre a qualidade do sono. Ressonar alto e acordar várias vezes durante a noite, em sobressalto, com falta de ar, podem indiciar que a pessoa sofre de apneia do sono, um problema que requer tratamento. Alguns estudos têm evidenciado uma relação entre apneia e doenças cardiovasculares. Nas crianças, contribui para problemas de comportamento e na aprendizagem.
Ressonar afecta também a qualidade do sono do companheiro, por causa do ruído, mas também devido à preocupação de sentir que pára de respirar durante alguns segundos.
Apesar de metade dos portugueses não dormir bem, e de isso ter consequências nefastas para a sua saúde física e mental, apenas um quarto procura ajuda profissional. Um em cada seis portugueses afirmam tomar medicamentos para dormir. Os medicamentos mais usados são os tranquilizantes, sedativos ou hipnóticos, seguindo-se os antidepressivos (70% e 13%, respectivamente). Os antidepressivos não são indicados para tratar problemas apenas relacionados com o sono. Apesar disso, 6% dos inquiridos que tomam medicamentos para dormir referem que os antidepressivos lhes foram prescritos para esse efeito.
A maioria dos tranquilizantes, sedativos e hipnóticos são à base de benzodiazepinas, uma substância activa que pode causar dependência física e psicológica e efeitos secundários frequentes (dificuldades de memória, de concentração, etc.). Por isso, não deveriam ser prescritos por mais de um mês, mas um quarto dos inquiridos estão a tomá-los há mais de 5 anos! A situação torna-se ainda mais preocupante se considerarmos que muitos portugueses tomam medicamentos para dormir melhor por sua iniciativa. Apenas um médico pode avaliar a gravidade dos sintomas e prescrever o tratamento mais adequado. Poderá também encaminhá-lo para uma consulta especializada.


Notícia publicada em: Deco Proteste